Minha alma na dispersa nas marés do
tempo
sem carne e sem forma
alheia a qualquer sonho ou pesadelo.
gelo sobre cumes infinitos
onde segundos são milênios
e a única voz presente é o eco
interminável
do silencio.
Pairando sobre a solidão perene de
planetas inabitados,
sombra eterna encobrindo sóis e eras.
Tudo vendo, tudo alcançando
sob minhas longas barbas que são vento
estremecendo estrelas.
Minha fala move-se nas tempestades
como um labirinto de luzes na densa
névoa
do universo.
Longínquo Sentinela do Desconhecido
além do imenso escuro da ilusão
esse mundo é cárcere pequeno para
minhas asas
que se expandem longas e disformes
na velocidade de um cometa derrubando
mitos.
Infinita
Loucura
Se espalhando sem
Destino