Para mim, pessoas mesmo são os loucos, os que estão loucos para viver, loucos para falar, loucos para serem salvos, que querem tudo ao mesmo tempo agora, aqueles que nunca bocejam e jamais falam chavões, mas queimam, queimam, queimam como fabulosos fogos de artifício explodindo como constelações em cujo centro fervilhante - pop! - pode-se ver um brilho azul e intenso até que todos 'aaaaaaah!'. Jack Kerouac
quarta-feira, 2 de março de 2011
The outside off the road
No outro lado da estrada
onde você nunca esteve
onde nunca imaginou poder chegar
além dos medos corrosivos cheirando a gasolina velha
prestes a explodir as mentes que
jamais chegam ao destino
destino
chão
de sol e chuva
na noite famigerada dos hotéis encharcados
de histórias sujas e cortadas a navalha
enquanto os motores do século espatifam-se
no asfalto
as cabeças reclinadas
sobre janelas trincadas
espreitam
a insônia a insânia a insipidez
de vidas trocadas a álcool
e lama
e cemitérios mentais
recebem a civilização em farrapos de poemas
olhos sombras becos bocas bares
sem mais nome o dia amanhece
sob os escombros da noite
No outro lado da estrada
além das cidades
onde os abutres fazem ninhos
onde as horas esmagam lentas ou velozes
onde o escuro é mais nítido que as montanhas...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Poema belo e duro.
ResponderExcluirAbraço do falcão